A Igreja - Templo do Espírito Santo
§797. O que é o nosso espírito, isto é,
a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação
aos membros de Cristo, ao corpo de Cristo que é a Igreja.
"A este
Espírito de Cristo, em princípio invisível, deve-se atribuir também a união de
todas as partes do Corpo tanto entre si como com sua Cabeça, pois ele está todo
na Cabeça, todo no Corpo e todo em cada um de seus membros.
" O Espírito Santo faz da
Igreja "o Templo do Deus Vivo" (2 Cor 6, 16):
- "Com efeito, é à própria Igreja que foi confiado o Dom de Deus. É nela que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor da incorruptibilidade, confirmação de nossa fé e escada de nossa ascensão para Deus. Pois lá onde está a Igreja, ali também está o Espírito de Deus; e lá onde está o Espírito de Deus, ali está a Igreja e toda graça".
§798. O Espírito Santo é "o
Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas
partes do Corpo". Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo
inteiro na caridade:
- pela
Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32);
- pelo
Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo;
- pelos
sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo;
- pela
"graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus
dons";
- pelas
virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim,
- pelas múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".
Os Carismas
§799. Quer extraordinários quer simples
e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou
indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são ordenados:
·
à edificação da Igreja,
·
ao bem dos homens e
·
às necessidades do mundo.
§800. Os carismas devem ser acolhidos
com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da
Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica
e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que
provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira
plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é,
segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.
§801. É neste sentido que se faz sempre
necessário o discernimento dos carismas. Nenhum carisma dispensa da reverência
e da submissão aos Pastores da Igreja. "A eles em especial cabe não
extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom", a fim
de que todos os carismas cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para
o "bem comum" (1Cor 12,7).
CIC - Catecismo da Igreja Católica
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