quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Jesus: Filho Único de Deus

Filho Único de Deus
- Filho de Deus, no Antigo Testamento, é um título dado aos anjos, ao povo da Eleição, aos filhos de Israel e a seus reis.
- Significa então uma filiação adotiva que estabelece entre Deus e sua criatura relações de uma intimidade especial. Quando o Rei-Messias prometido é chamado "filho de Deus", isso não implica necessariamente, segundo o sentido literal desses textos, que ele ultrapasse o nível humano.
- Os que designaram Jesus como Messias de Israel talvez não tenham tido a intenção de dizer mais do que isto.
- Não acontece o mesmo com Pedro, quando confessa Jesus como "o Cristo, o Filho do Deus vivo", pois este lhe responde com solenidade:
"Não foi a carne e o sangue que te revelaram isso,
e sim meu Pai que está  nos Céus" (Mt 16,17).
- Paralelamente, Paulo dirá a propósito de sua conversão no caminho para Damasco:
“Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou, por sua graça houve por bem revelar em mim o seu Filho, para que eu o evangelizasse entre os gentios..." (Gl 1,15-16). "Imediatamente, nas sinagogas, começou a proclamar Jesus, afirmando que ele é o Filho de Deus" (At 9,20).
- Este será  desde o início o centro da fé apostólica professada primeiro por Pedro como fundamento da Igreja.

- Se Pedro pôde reconhecer o caráter transcendente da filiação divina de Jesus Messias foi porque este o deu a entender claramente.
- Diante do Sinédrio, a pergunta de seus acusadores: "Tu és então o Filho de Deus?", Jesus respondeu: "Vós dizeis que eu Sou" (Lc 22,70).
- Já bem antes, Ele se designara como "o Filho" que conhece o Pai e que é diferente dos "servos" que Deus enviou anteriormente a seu povo, superior aos próprios anjos. Distinguiu sua filiação daquela de seus discípulos, não dizendo nunca "nosso Pai", a não ser para ordenar-lhes:
"Portanto, orai desta maneira: Pai Nosso" (Mt 6,9); e sublinhou esta distinção: "Meu Pai e vosso Pai" (Jo 20,17).
- Os Evangelhos narram em dois momentos solenes - o Batismo e a Transfiguração de Cristo - a voz do Pai a designá-lo como seu "Filho bem-amado". Jesus designa-se a si mesmo como "o Filho Único de Deus" (Jo 3,16) e afirma com este título sua preexistência eterna.
- Exige a fé "em nome do Filho Único de Deus" (Jo 3,18).
- Esta confissão cristã aparece já na exclamação do centurião diante de Jesus na cruz: "Verdadeiramente este homem era Filho de Deus" (Mc 15,39), pois somente no Mistério Pascal o fiel cristão pode entender o pleno significado do título "Filho de Deus".
- É depois de sua Ressurreição que a filiação divina de Jesus aparece no poder de sua humanidade glorificada: "Estabelecido Filho de Deus com poder por sua Ressurreição dos mortos" (Rm 1,4). Os apóstolos poderão confessar: "Nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filhos Único, cheio de graça e de verdade" (Jo 1,14).

CIC-Catecismo da Igreja Católica §441-445

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