Cristo
- Cristo vem da tradução grega do termo hebraico
"Messias", que quer dizer "ungido". Só se toma o nome
próprio de Jesus porque este leva à perfeição a missão divina que significa.
- Com efeito, em Israel eram
ungidos em nome de Deus os que lhe eram consagrados para uma missão vinda dele.
Era o caso dos reis, dos sacerdotes e, em raras ocasiões, dos profetas. Esse
devia ser por excelência o caso do Messias que Deus enviaria para instaurar
definitivamente seu Reino.
- O Messias devia ser ungido pelo
Espírito do Senhor ao mesmo tempo como rei e sacerdote, mas também como profeta.
Jesus realizou a esperança messiânica de Israel em sua tríplice função de
sacerdote, profeta e rei.
- O anjo anunciou aos pastores o
nascimento de Jesus como o do Messias prometido a Israel: "Hoje, na cidade
de Davi, nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor" (Lc 2,11).
- Desde o inicio Ele é
"aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo" (Jo 10,36), concebido
como "Santo" no seio virginal de Maria.
- José foi chamado por Deus
"a receber Maria, sua mulher", grávida "daquele que foi gerado
nela pelo Espírito Santo" (Mt 1,21), para que Jesus, "que se chama
Cristo", nascesse da esposa de José na descendência messiânica de Davi (Mt
1,16).
- A consagração messiânica de
Jesus manifesta sua missão divina.
- É, aliás, o que indica seu
próprio nome, pois no nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu, Aquele
que foi ungido e a própria Unção com que ele foi ungido:
- Aquele
que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o Filho, e o foi no Espírito,
que é a Unção.
- Sua consagração messiânica
eterna revelou-se no tempo de sua vida terrestre, por ocasião de seu Batismo
por João, quando "Deus o ungiu com o Espírito Santo e poder" (At
10,38), "para que ele fosse manifestado a Israel" (Jo 1,31) como seu
Messias. Por suas obras e palavras será conhecido como "o Santo de
Deus".
- Numerosos judeus e até certos
pagãos os que compartilhavam a esperança deles reconheceram em Jesus os traços
fundamentais tais do "Filho de Davi" messiânico, prometido por Deus a
Israel. Jesus aceitou o título de Messias ao qual tinha direito, mas com reserva,
pois este era entendido por uma parte de seus contemporâneos segundo uma
concepção demasiadamente humana, essencialmente política.
- Jesus acolheu a profissão de fé
de Pedro, que o reconhecia como o Messias anunciando a Paixão iminente do Filho
do Homem. Desvendou o conteúdo autêntico de sua realeza messiânica, seja na
identidade transcendente do Filho do Homem "que desceu do Céu" (Jo
3,13) seja em sua missão redentora como Servo sofredor:
"O Filho do
Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar
sua vida em resgate pela multidão" (Mt 20,28).
- Por isso o verdadeiro sentido
de sua realeza só se manifestou do alto da Cruz. É somente após sua
Ressurreição que sua realeza messiânica poderá ser proclamada por Pedro diante
do povo de Deus:
"Que toda casa
de Israel saiba com certeza: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus que
vós crucificastes" (At 2,36).
CIC-Catecismo da Igreja Católica
§436-440
Nenhum comentário:
Postar um comentário