A Boa Nova: Deus enviou seu Filho
- "Quando, porém, chegou a
plenitude do tempo, enviou Deus seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a
Lei, para remir os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção
filial" (Gl 4,4-5).
- Este é "o Evangelho de
Jesus Cristo, Filho de Deus": Deus visitou seu povo, cumpriu as promessas
feitas a Abraão e à sua descendência; fê-lo para além de toda expectativa:
enviou seu "Filho bem-amado".
- Cremos e confessamos que Jesus
de Nazaré, nascido judeu de uma filha de Israel, em Belém, no tempo do rei
Herodes Magno e do imperador César Augusto, carpinteiro de profissão, morto e
crucificado em Jerusalém, sob o procurador Pôncio Pilatos, durante o reinado do
imperador Tibério, é o Filho eterno de Deus feito homem que ele:
- "veio
de Deus" (Jo 13,3),
- "desceu
do céu" (Jo 3,13; 6,33),
- "veio
na carne", pois "o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós
vimos sua glória, glória que ele tem junto ao Pai, como Filho único, cheio
de graça e de verdade... Pois de sua plenitude nós recebemos graça por
graça" (Jo 1,14-16).
- Movidos pela graça do Espírito
Santo e atraídos pelo Pai, cremos e confessamos acerca de Jesus: "Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Foi sobre a rocha desta fé,
confessada por São Pedro, que Cristo construiu sua Igreja.
“Anunciar...a insondável riqueza de Cristo”
Ef 3,8
- A transmissão da fé cristã é
primeiramente o anúncio de Jesus Cristo, para levar à fé nele. Desde o começo,
os primeiros discípulos ardiam do desejo de anunciar Cristo: "Pois não
podemos, nós, deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos" (At 4,20). E
convidam os homens de todos os tempos a entrarem na alegria de sua comunhão com
Cristo:
- O que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida – porque a Vida manifestou-se: nós a vimos e lhe damos testemunho e vos anunciamos a Vida Eterna, que estava voltada para o Pai e que no; apareceu -, o que vimos e ouvimos, vo-lo anunciamos para que estejais também em comunhão conosco. E nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. E isto vos escrevemos para que nossa alegria seja completa (1Jo 1,1-4).
Cristo é o centro da Catequese
- No centro da catequese
encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus de Nazaré, Filho único do
Pai..., que sofreu e morreu por nós e agora, ressuscitado, vive conosco para
sempre...
- Catequizar é desvendar na
Pessoa de Cristo todo o desígnio eterno de Deus que nela se realiza. E procurar
compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais
realizados por Ele.
- A finalidade definitiva da catequese é
"levar à comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai no
Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade.
- "Na catequese, é Cristo,
Verbo Encarnado e Filho de Deus, que é ensinado - todo o resto está em relação com ele; e somente Cristo ensina;
todo outro que ensine, fá-lo na medida em que é seu porta-voz, permitindo a
Cristo ensinar por sua boca... Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo
a misteriosa palavra de Jesus:
'Minha doutrina não é
minha, mas daquele que me enviou' (Jo 7,16)."
- Aquele que é chamado a
"ensinar o Cristo" deve, portanto, procurar primeiro "este ganho
supereminente que é o conhecimento de Cristo"; é preciso "aceitar
perder tudo... a fim de ganhar a Cristo e ser achado nele", e
"conhecer o poder de sua Ressurreição e a participação em seus
sofrimentos, conformando-me com ele em sua Morte, para ver se alcanço a
ressurreição de entre os mortos" (Fl 3,8-11).
- É deste conhecimento amoroso de
Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de "evangelizar" e de levar
outros ao "sim" da fé em Jesus Cristo. Mas ao mesmo tempo se faz
sentir a necessidade de conhecer cada vez melhor esta fé.
CIC-Catecismo da Igreja Católica
§422-429
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