segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Igreja cresce por atração

Viver em comunhão
§158. Igual às primeiras comunidades de cristãos, hoje nos reunimos assiduamente para:
  • “escutar o ensinamento dos apóstolos,
  • viver unidos e tomar parte no partir do pão e nas orações”
- A comunhão da Igreja se nutre com o Pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo. A Eucaristia, participação de todos no mesmo Pão de Vida e no mesmo Cálice de Salvação, nos faz membros do mesmo Corpo (cf. 1 Cor 10,17).
Ela é a fonte e o ponto mais alto da vida cristã, sua expressão mais perfeita e o alimento da vida em comunhão. Na Eucaristia, nutrem-se as novas relações evangélicas que surgem do fato de sermos filhos e filhas do Pai e irmãos e irmãs em Cristo. A Igreja que a celebra é “casa e escola de comunhão”, onde os discípulos compartilham a mesma fé, esperança e amor a serviço da missão evangelizadora.

§159. A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus, que é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé.
“Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). 
- A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’:
  • como Cristo ‘atrai tudo para si’ com a força do seu amor”.
  • A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34). (Bento XVI/13.05.2007)

§160. A Igreja peregrina vive antecipadamente a beleza do amor que se realizará no final dos tempos na perfeita comunhão com Deus e com os homens. Sua riqueza consiste em viver, já neste tempo, a “comunhão dos santos”, ou seja, a comunhão nos bens divinos entre todos os membros da Igreja, em particular entre os que peregrinam e os que já gozam da glória. Constatamos que em nossa Igreja existem numerosos católicos que expressam sua fé e sua pertença de forma esporádica, especialmente através da piedade a Jesus Cristo, à Virgem e sua devoção aos santos.
- Convidamos esses a aprofundarem sua fé e participarem mais plenamente na vida da Igreja recordando-lhes que:
“em virtude do batismo,
são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo”.

§161. A Igreja é comunhão no amor. Esta é sua essência e o sinal através do qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade. O novo mandamento é o que une os discípulos entre si, reconhecendo-se como irmãos e irmãs, obedientes ao mesmo Mestre, membros unidos à mesma Cabeça e, por isso, chamados a cuidarem uns dos outros (1Cor 13; Cl 3,12-14).

§162. A diversidade de carismas, ministérios e serviços, abre o horizonte para o exercício cotidiano da comunhão através da qual os dons do Espírito são colocados à disposição dos demais para que circule a caridade (cf. 1Cor 12,4-12).
- De fato, cada batizado é portador de dons que deve desenvolver em unidade e complementaridade com os dons dos outros, a fim de formar o único Corpo de Cristo, entregue para a vida do mundo. O reconhecimento prático da unidade orgânica e da diversidade de funções assegurará maior vitalidade missionária e será sinal e instrumento de reconciliação e paz para nossos povos.
- Cada comunidade é chamada a descobrir e integrar os talentos escondidos
e silenciosos que o Espírito presenteia aos fiéis.

Documento de Aparecida

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