(7º artigo do Credo Católico ou 7ª verdade de fé)
Cristo já Reina na Igreja...
- Cristo morreu e reviveu para
ser o Senhor dos mortos e dos vivos Rm 14,9.
- A Ascensão(subida)
de Cristo ao Céu significa sua participação, em sua humanidade, no poder e na
autoridade do próprio Deus.
- Jesus Cristo é Senhor: possui todo poder nos céus e
na terra. Está "acima de toda autoridade, poder, potentado e
soberania", pois o Pai "tudo submeteu a seus pés Ef 1,20-22. Cristo é o Senhor do cosmo e
da história. Nele, a história do homem e mesmo toda a criação encontram
sua "recapitulação"' sua consumação transcendente.
- Como Senhor, Cristo é também a
cabeça da Igreja, que é seu Corpo. Elevado ao céu e glorificado, tendo assim
cumprido plenamente sua missão, Ele
permanece na terra em
sua Igreja. A redenção é a fonte da autoridade que Cristo, em
Virtude do Espírito Santo, exerce sobre a Igreja.
O Reino de Cristo já
está misteriosamente presente na Igreja,
germe e início deste
Reino na terra.
- Desde a Ascensão, o desígnio de
Deus entrou em sua consumação. Já estamos na "última hora" 1Jo 2,1.
- Portanto, a era final do mundo
já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e,
de certo modo, já está antecipada nesta terra. Pois já na terra a Igreja se
reveste de verdadeira santidade, embora imperfeita.
- O Reino de Cristo já manifesta sua presença pelos
sinais milagrosos que acompanham seu anúncio pela Igreja.
...á espera de que tudo lhe seja submetido.
- Já presente em sua Igreja , o Reino de
Cristo ainda não está consumado "com poder e grande glória" Lc 21, 17 pelo advento do Rei na terra. Esse
Reino é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos
em suas bases pela Páscoa de Cristo.
- Enquanto tudo não for submetido
a ele, "enquanto não houver novos céus e nova terra, nos quais habita a
justiça, a Igreja peregrina leva consigo em seus sacramentos e em suas
instituições, que pertencem à idade presente, a figura deste mundo que passa, e
ela mesma vive entre as criaturas que gemem e sofrem como que dores de parto
até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus" Por este
motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para apressar a volta de
Cristo, dizendo-lhe:
"Vem, Senhor" Ap 22,20
- Cristo afirmou antes de sua
Ascensão que ainda não chegara a hora do estabelecimento glorioso do Reino
messiânico esperado por Israel, que deveria trazer a todos os homens, segundo
os profetas a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz.
- O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do
Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela
"tristeza" e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e
inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de expectativa e de
vigília.
A vinda gloriosa de Cristo, esperança de
Israel.
- A partir da Ascensão, o advento(vinda)
de Cristo na glória é iminente, embora não nos "caiba conhecer os tempos e
os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" At 1,7. Este último acontecimento pode ocorrer
a qualquer momento, ainda que estejam "retidos" tanto ele como a
provação final que há de precedê-lo.
- A vinda do Messias glorioso depende a todo momento
da história do reconhecimento dele por "todo Israel". Uma parte
desse Israel se "endureceu" (Rm 5)
na "incredulidade" (Rm 11,20)
para com Jesus.
- São Pedro o afirma aos judeus
de Jerusalém depois de Pentecostes:
- "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, a fim
de que sejam apagados os vossos pecados e deste modo venham da face do
Senhor os tempos de refrigério. Então enviará ele o Cristo que vos foi
destinado, Jesus a quem o céu deve acolher até os tempos da restauração de
todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de seus santos
profetas" At 3,19-21.
- E São Paulo lhe faz eco:
- "Se a rejeição deles resultou na reconciliação
do mundo, O que será o acolhimento deles senão a vida que vem dos
mortos?" A entrada da "plenitude dos judeus" na salvação
messiânica, depois da "plenitude dos pagãos, dará ao Povo de Deus a
possibilidade de “realizar a plenitude de Cristo” na qual “Deus será tudo
em todos”.
A provação derradeira da Igreja
- Antes do advento de Cristo, a
Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A
perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra" desvendará o
"mistério de iniqüidade" sob a forma de uma impostura religiosa que
há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da
apostasia da verdade.
- A impostura religiosa suprema é
a do Anticristo, isto é, a de um pseudo-messianismo em que o homem glorifica a
si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne.
- Esta impostura anticrística já se esboça no mundo
toda vez que se pretende realizar na história a esperança messiânica que
só pode realizar-se para além dela, por meio do juízo escatológico: mesmo
em sua forma mitigada, a Igreja rejeitou esta falsificação do Reino
vindouro sob o nome de milenarismo, sobretudo sob a forma política de um
messianismo secularizado, "intrinsecamente perverso".
- A Igreja só entrará na glória
do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que seguirá seu Senhor em sua Morte e
Ressurreição. Portanto, o Reino não se realizará por um triunfo histórico da
Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o
desencadeamento último do mal, que fará sua Esposa descer do Céu. O triunfo de
Deus sobre a revolta do mal assumirá a forma do Juízo Final depois do
derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa.
Jesus virá para julgar os vivos e os mortos
- Na linha dos profetas e de João
Batista, Jesus anunciou em sua pregação o Juízo do último Dia.
Então será revelada a
conduta de cada um e o segredo dos corações.
- Será também condenada a
incredulidade culpada que fez pouco caso da graça oferecida por Deus. A atitude
em relação ao próximo revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do amor
divino.
Jesus dirá no último Dia:
"Cada vez que o
fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos,
a mim o
fizestes" Mt 25,40.
Cristo é Senhor da Vida Eterna.
- O pleno direito de julgar
definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a Ele enquanto
Redentor do mundo. Ele "adquiriu" este direito por sua Cruz. O Pai
entregou "todo o julgamento ao Filho" Jo
5,22. Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar e para dar a
vida que está nele. É pela recusa da graça nesta vida que cada um já se julga a
si mesmo recebe de acordo com suas obras e pode até condenar-se para a
eternidade ao recusar o Espírito de amor.
CIC-Catecismo da Igreja Católica
668-682
Imprima frente e verso na folha A4 (folheto)
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