O que é Sacramento?
- Sacramento é uma representação
material, visível, de uma realidade invisível, que está contida nele e é
comunicada quando há convivência e correspondência; são sete:
Iniciação Cristã:
Batismo / Crisma / Eucaristia;
Cura:
Penitência / Unção dos Enfermos;
Serviço: Matrimônio / Ordem.
- Para que você receba todas as
graças que cada sacramento confere, é essencial que se apresente para recebê-lo
com fé e humildade, dando a Deus ocasião de mostrar o seu poder.
O Sacramento do Matrimônio confere graças
especiais
- Se o esposo ou a esposa tenha
tido um dia mau e estiver talvez desanimado pela pressão de um problema
doméstico sério, sentindo-se tentado a autocompadecer-se e a pensar que foi um
erro casar-se, esse é o
momento de recordar que o matrimônio é
um sacramento.
- É o momento de recordar que tem absoluto direito a qualquer graça
de que possa necessitar nessa situação; a qualquer graça de que possa carecer
para fortalecer a sua humana fraqueza e chegar à solução do problema.
- Aos esposos que fazem tudo o
que está em seu alcance para que seu matrimônio seja verdadeiramente cristão,
Deus comprometeu-se a dar todas as graças de que necessitam e quando as
necessitem, e Deus é sempre fiel aos seus compromissos.
- Por ser um sacramento, o
matrimônio confere dois gêneros de graça:
1º) No exato momento em que é
recebido, infunde um aumento de Graça
Santificante. Quando os noivos se voltam para descer os degraus do altar,
suas almas são espiritualmente mais fortes e mais belas do que quando, minutos
antes, subiram ao altar.
2º) Recebem também a Graça Sacramental, que consiste no
direito de receber de Deus as Graças
atuais de que os esposos possam necessitar através dos anos para assegurarem
uma união feliz e frutuosa:
Aperfeiçoa o amor natural entre marido e mulher, elevando-o a um
nível sobrenatural que ultrapassa a mera compatibilidade mental e física. Confere generosidade e responsabilidade
para gerar e criar os filhos, prudência e discernimento para enfrentar os
inúmeros problemas que a vida familiar traz consigo. Ajuda os esposos a adaptarem-se aos defeitos um do outro e a
desculpá-los.
Matrimônio: Igreja Doméstica
- Cristo quis nascer e crescer no
seio da Sagrada Família: José e Maria.
- A Igreja não é outra coisa
senão a "família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era
em geral constituído por aqueles que, "com toda a sua casa", se tornavam
cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua
casa" fosse salva. Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de
vida cristã num mundo incrédulo.
- Em nossos dias, num mundo que
se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância
primordial, como lares de fé viva e irradiante.
É no seio da família que os pais são para os filhos, pela palavra e
pelo exemplo os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada
qual, especialmente a vocação sagrada.
- É na família que se exerce de
modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos,
de todos os membros da família, "na recepção dos sacramentos, na oração e
ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade
ativa". O lar é, assim, a primeira escola de vida cristã e "uma
escola de enriquecimento humano". É aí que se aprende:
- a resistência à fadiga e a alegria do trabalho,
- o amor fraterno,
- o perdão generoso e mesmo reiterado e, sobretudo,
- o culto divino pela oração e oferenda de sua vida.
Fecundidade no Matrimônio
- O instituto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos, e por causa dessas coisas são como que
coroados de maior glória.
- Os filhos são o dom mais
excelente do Matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos próprios pais.
Deus mesmo disse: "Não convém ao homem ficar sozinho" Gn 2,18, e "criou de início o homem como
varão e mulher" Mt 19,4; querendo
conferir ao homem participação especial em sua obra criadora, abençoou o varão
e a mulher dizendo: "Crescei e multiplicai-vos" Gn 1,28. Donde se segue que o cultivo do
verdadeiro amor conjugal e toda a estrutura da vida familiar que daí promana,
sem desprezar os outros fins do Matrimônio, tendem a dispor os cônjuges a
cooperar corajosamente como amor do Criador e do Salvador que, por intermédio
dos esposos, quer incessantemente aumentar e enriquecer sua família.
- A fecundidade do amor conjugal
se estende aos frutos vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais
transmitem a seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros
educadores de seus filhos. Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e
da família é estar a serviço da vida.
- Os esposos a quem Deus não
concedeu ter filhos podem, no entanto, ter uma vida conjugal cheia de sentido,
humana e cristãmente. Seu Matrimônio pode irradiar uma fecundidade de caridade,
acolhimento e sacrifício.
A Fidelidade do amor conjugal
- O amor conjugal exige dos
esposos, por sua própria natureza, uma fidelidade inviolável.
- Isso é a
conseqüência do dom de si mesmos que os esposos fazem um ao outro.
- O amor quer
ser definitivo. Não pode ser "até nova ordem".
"Esta união
íntima, doação recíproca de duas pessoas e o bem dos filhos
exigem perfeita
fidelidade dos cônjuges e sua indissolúvel unidade."
- O motivo mais profundo se
encontra na fidelidade de Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja. Pelo
sacramento do Matrimônio, os esposos se habilitam a representar esta fidelidade
e a testemunhá-la. Pelo sacramento, a indissolubilidade do casamento recebe um
novo e mais profundo sentido.
- Pode parecer difícil e até
impossível ligar-se por toda a vida a um ser humano. Por isso é de suma
importância anunciar a Boa Nova de que Deus nos ama com um amor definitivo e
irrevogável, que os esposos participam deste amor, que Ele os apóia e mantém e
que, por meio de sua fidelidade, podem ser testemunhas do amor fiel de Deus. Os
esposos que, com a graça de Deus, dão esse testemunho, não raro em condições
bem difíceis, merecem a gratidão e o apoio da comunidade eclesial.
- Cristo é a fonte desta graça. "Como outrora Deus tomou a
iniciativa do pacto de amor e fidelidade com seu povo, assim agora o Salvador
dos homens, Esposo da Igreja, vem ao encontro dos cônjuges cristãos pelo
sacramento do Matrimônio." Permanece com eles, concede-lhes a força de
segui-lo levando sua cruz e de levantar-se depois da queda, perdoar-se
mutuamente, carregar o fardo uns dos outros, submeter-se uns aos outros no
temor de Cristo e amar-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas
alegrias de seu amor e de sua vida familiar, Ele lhes dá, aqui na terra, um
antegozo do festim de núpcias do Cordeiro.
(CIC-Catecismo da Igreja Católica 1601-1666)
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