Beleza original
- A Bíblia
mostra que, quando Deus criou o mundo com Sua Palavra, expressou satisfação,
dizendo que era ‘bom’, e quando
criou o ser humano disse que era ‘muito
bom’.
- O mundo e o
homem criado por Deus são Belos.
- Procedemos de
um desígnio Divino de Sabedoria e Amor.
- Mas através
do pecado essa beleza originária foi desonrada e essa bondade
ferida.
- Deus, por
Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu mistério pascal, recriou o homem fazendo-o filho e dando-lhe a garantia de novos
céus e de uma nova terra.
* Adão perdeu a beleza original, tornou o
homem: escravo, infiel, desobediente, feio e impaciente.
* Jesus Cristo recriou o homem para ser:
livre, fiel, obediente, bonito e paciente.
O que é Liberdade?
- Liberdade é a condição
de uma pessoa poder dispor de si, é a faculdade de praticar o que não é
proibido por lei, é poder fazer ou deixar de fazer alguma coisa; é franqueza,
ousadia, direitos e regalias.
- A liberdade é um dom que
os seres inteligentes receberam de Deus para escolherem entre várias formas de
bem, de verdade e de beleza.
Modelo de Liberdade
- Todos nós seguimos ‘modelos’ e ‘referências’ humanas no que diz respeito a conhecimento,
liberdade, beleza e verdade; mas todo ser humano deve se ‘modelar’ em
seu Criador que diz:
“Se permanecerdes na minha Palavra,
sereis
verdadeiramente meus discípulos e conhecereis
a verdade e
a verdade vos libertará” João 8,
31-32
A Palavra de Deus
é a verdade absoluta e é ela que nos liberta de tudo.
- Embora sabendo que Deus cria o
ser humano livre, confunde a liberdade, pensando que ser livre é apenas gozar a
vida. Com isso muitos buscam a liberdade no prazer, nas drogas, no álcool, na
prostituição e tornam-se escravos das coisas e de pessoas (Conforme
1ª Corintios 6, 12-20).
- Qual imagem
estou refletindo ao exercer a Liberdade que recebi de presente? A imagem de Adão ou do Novo Adão-JESUS
CRISTO.
Escolher o pecado é escolher a escravidão
- O ser humano tem, obviamente, a
capacidade concreta de pecar, mas não tem o direito de fazê-lo.
- Muita gente pensa que ser livre
é fazer o que quiser, é ‘pisar’ (ignorar) sua razão e sua consciência
e realizar todas as ‘fantasias’, como se diz modernamente. Erro grosseiro e
pura ilusão. Quem age assim não é mais livre; tornou-se escravo do pecado.
- Livres são os que
se mantêm fiéis à sua razão, a qual,
por sua vez, mostra-lhes que não podem praticar o mal, mas devem observar a lei
natural e a lei divina, da qual aquela se origina.
- Em outras palavras, quem é mais
livre do que Deus, Senhor de todas as coisas? Entretanto, por sua própria
natureza Ele nunca poderia escolher o mal, o erro ou o feio moral.
- Se a opção pelo mal
constituísse uma forma de liberdade, isso significaria que Deus, como todos os
que estão no Céu, seriam menos livres do que o pecador (e do que os demônios e os condenados ao fogo eterno), o que é
um absurdo.“A possibilidade de pecar não
é liberdade, mas escravidão”
“Aquele que comete o pecado é escravo do pecado” João 8,34
De escravo à liberdade
- O Espírito Santo é aquele que nos
faz passar: do caos ao cosmo; /da desordem, da confusão e da dispersão, à
ordem, unidade e beleza. Essa beleza que consiste em ser conformes à vontade de
Deus e à imagem de Cristo, passando do
homem velho (escravo) ao homem novo (liberto).
“É por isso que não desfalecemos.
Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior
renova-se dia a dia” 2ª Cor 4, 16.
- A evolução do espírito não
acontece paralelamente à do corpo, mas em sentido contrário. Nós nascemos como “homens velhos” e devemos nos converter
em “homens novos”. Toda a vida, não
apenas a adolescência é uma idade evolutiva!
- São Máximo define o Tempo da Páscoa
como uma passagem “dos pecados à santidade, /dos vícios à virtude,
/da velhice à juventude, que se entende não em idade, mas em
simplicidade. Éramos de fato decadentes pela velhice dos pecados, mas
pela Ressurreição de Cristo fomos renovados na inocência das crianças” (Padre Raniero Cantalamessa 13/03/2009)
Liberdade
dos filhos de Deus e ‘liberdade’ dos rebeldes
- O ser humano deve agir
segundo sua razão, ainda que suas paixões a contrariem, que isso lhe custe
esforço, e por maiores que sejam os obstáculos a enfrentar.
- A razão pede obediência à
lei, natural e divina, e mostra que o contrário não é liberdade, mas
libertinagem.
“Deus deu a lei ao homem, não para privá-lo de sua liberdade,
mas para manifestar-lhes seu
apreço” Tertuliano
- Na história do mundo, os
primeiros a agir contra a razão foram Adão e Eva, quando cometeram o pecado original.
Confundiram liberdade com independência, e nesse caso não foram livres, mas
libertinos. Seus descendentes até o fim do mundo, vão arcar com as
conseqüências desse pecado, levando uma vida árdua nesta terra, em meio a
doenças, guerras, crimes, etc...
- Aqueles que se rebelam
contra a lei de Deus, e se crêem livres por se negarem a obedecer, são
escravos de seus vícios e de suas paixões desordenadas.
Livres, realmente, são os que se submetem com amor à vontade divina,
desfrutando da liberdade de filhos de Deus.
- Os rebeldes são chamados pela
graça para se lembrarem de que são seres humanos e, enquanto tais, não lhes é
lícito abraçar uma falsa liberdade que os assemelha aos animais.
Livre arbítrio e Liberdade são capacidades dadas por Deus ao homem (e ao anjo)
para escolher a verdade, o bem e o belo moral, de modo que possam se assemelhar
mais a Ele, que é a Liberdade em essência.
(Extraído da Revista Arautos do
Evangelho-10/2005)
A liberdade da fé
- Para que o ato de fé seja
humano, o homem deve responder a Deus, crendo por livre vontade. Por
conseguinte, ninguém deve ser forçado contra sua vontade a abraçar a fé. Pois o
ato de fé é por sua natureza voluntário.
- Deus de fato chama os homens
para servi-lo em espírito e verdade.
Com isso os homens são obrigados
em consciência, mas não são forçados... Foi o que se patenteou em grau máximo em Jesus Cristo.
- Com efeito, Cristo convidou à
fé e à conversão, mas de modo algum coagiu. Deu testemunho da verdade, mas não quis impô-la pela força aos que a
ela resistiam. Seu reino se estende graças ao amor com que Cristo, exaltado
na cruz, atrai a si os homens.
CIC-Catecismo da Igreja Católica
160;1730-1748
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