- A este Espírito de Cristo, em princípio
invisível, deve-se atribuir também a união de todas as partes do Corpo tanto
entre si como com sua Cabeça, pois ele está todo na Cabeça, todo no Corpo e todo
em cada um de seus membros.
- O Espírito Santo faz da Igreja "o
Templo do Deus Vivo" (2 Cor 6, 16):
- "Com
efeito, é à própria Igreja que foi confiado o Dom de Deus. É nela que foi
depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor da
incorruptibilidade, confirmação de nossa fé e escada de nossa ascensão
para Deus. Pois lá onde está a Igreja, ali também está o Espírito de Deus;
e lá onde está o Espírito de Deus, ali está a Igreja e toda graça".
- O Espírito Santo é "o Princípio de
toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do
Corpo".
- Ele opera de múltiplas maneiras a
edificação do Corpo inteiro na caridade:
- pela
Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32);
- pelo
Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo;
- pelos
sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo;
- pela
"graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus
dons";
- pelas
virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim,
- pelas
múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio
das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os
vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior
incremento da Igreja".
Os Carismas
- Quer extraordinários quer simples e
humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente,
têm uma utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem
dos homens e às necessidades do mundo.
- Os carismas devem ser acolhidos com
reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da
Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica
e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que
provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira
plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é,
segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.
- É neste sentido que se faz sempre
necessário o discernimento dos carismas.
- Nenhum carisma dispensa da reverência e
da submissão aos Pastores da Igreja. "A eles em especial cabe não
extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom", a fim
de que todos os carismas cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para
o "bem comum" (1Cor 12,7).
CIC-Catecismo da Igreja Católica
§797-801
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