domingo, 27 de outubro de 2013

Igreja, Templo do Espírito Santo

- O que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao corpo de Cristo que é a Igreja.
- A este Espírito de Cristo, em princípio invisível, deve-se atribuir também a união de todas as partes do Corpo tanto entre si como com sua Cabeça, pois ele está todo na Cabeça, todo no Corpo e todo em cada um de seus membros.
- O Espírito Santo faz da Igreja "o Templo do Deus Vivo" (2 Cor 6, 16):
  • "Com efeito, é à própria Igreja que foi confiado o Dom de Deus. É nela que foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, penhor da incorruptibilidade, confirmação de nossa fé e escada de nossa ascensão para Deus. Pois lá onde está a Igreja, ali também está o Espírito de Deus; e lá onde está o Espírito de Deus, ali está  a Igreja e toda graça".

- O Espírito Santo é "o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do Corpo".
- Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade:
  • pela Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32);
  • pelo Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo;
  • pelos sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo;
  • pela "graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus dons";
  • pelas virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim,
  • pelas múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".

Os Carismas
- Quer extraordinários quer simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm uma utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.
- Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.
- É neste sentido que se faz sempre necessário o discernimento dos carismas.
- Nenhum carisma dispensa da reverência e da submissão aos Pastores da Igreja. "A eles em especial cabe não extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom", a fim de que todos os carismas cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para o "bem comum" (1Cor 12,7).

CIC-Catecismo da Igreja Católica §797-801

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