A
comunhão entre a Igreja do Céu e a terra
Os três estados da Igreja:
- Até que o Senhor venha em Sua majestade
e, com ele, todos os anjos e, tendo sido destruída a morte, todas as coisas lhe
forem sujeitas,
- alguns
dentre os seus discípulos peregrinam na terra;
- outros,
terminada esta vida, são purificados;
- enquanto
outros são glorificados, vendo claramente o próprio Deus trino e uno,
assim como é.
- Todos,
porém, em grau e modo diverso, participamos da mesma caridade de Deus e do
próximo e cantamos o mesmo hino de glória a nosso Deus. Pois todos quantos
são de Cristo, tendo o seu Espírito, congregam-se em uma só Igreja e nele
estão unidos entre si.
- A união dos que estão na terra com os
irmãos que descansam na paz de Cristo de maneira alguma se interrompe; pelo
contrário, segundo a fé perene da Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação
dos bens espirituais.
LG-Lumen Gentium §49
A intercessão dos santos:
- Pelo fato de os habitantes do Céu estarem
unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade
toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os
méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens,
Cristo Jesus.
- Por conseguinte, pela fraterna solicitude
deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio:
- Não
choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais
eficazmente do que durante a minha vida. São Domingos
- Passarei
meu céu fazendo bem na terra. Santa Terezinha Menino Jesus
A comunhão com os santos:
- Veneramos a memória dos habitantes do céu
não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união
de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna.
- Pois, assim como a comunhão entre os
cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os
santos nos une a Cristo, do qual como de sua fonte e cabeça, promana toda a
graça e a vida do próprio Povo de Deus.
- Nós
adoramos Cristo qual Filho de Deus. Quanto aos mártires, os amamos quais
discípulos e imitadores do Senhor e, o que é justo, por causa de sua
incomparável devoção por seu Rei e Mestre. Possamos também nós ser
companheiros e condiscípulos seus.
São Policarpo
A comunhão com os falecidos:
- Reconhecendo cabalmente esta comunhão de
todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos
primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos
(...) e,
`já
que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam
perdoados de seus pecados' (II Macabeus 12, 46),
também ofereceu sufrágios em favor deles.
- Nossa oração por eles pode não somente
ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nós.
... na única família de Deus:
- Todos os que somos filhos de Deus e
constituímos uma única família em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os
outros em mútua caridade e num mesmo louvor à Santíssima Trindade, realizamos a
vocação própria da Igreja.
CIC-Catecismo da Igreja Católica
§954-959
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